Discurso de Paraninfo da turma de Jornalismo das Faculdades Integradas Ipitanga, mantidas pela Unibahia, proferido por Sérgio Mattos no dia 10 de março de 2006
Discurso de Paraninfo da turma de Jornalismo das Faculdades Integradas Ipitanga, mantidas pela Unibahia, proferido por Sérgio Mattos no dia 10 de março de 2006
Discurso de Paraninfo da turma de Jornalismo das Faculdades Integradas Ipitanga, mantidas pela Unibahia, proferido por Sérgio Mattos no dia 10 de março de 2006
Discurso de Paraninfo da turma de Jornalismo das Faculdades Integradas Ipitanga, mantidas pela Unibahia, proferido por Sérgio Mattos no dia 10 de março de 2006
PARANINFO DA TURMA DE JORNALISMO DE 2014 DA UFRB. SOLENIDADE OCORRIDA EM CACHOEIRA-BA , NO DIA 01/08/2015
Letras das músicas do cd Movimento
1- MULHER ESPECIAL
Luís Caldas
(Sérgio Mattos e Kareka)
Uma mulher
pode ter mil disfarces.
Procuro, no fundo
de teu olhar, o mais profundo
e não encontro uma mulher qualquer.
Encontro a menina dengosa,
a mulher sensual,
consciente de sua própria liberdade.
–Uma mulher especial!
A imperfeição, sim, pode estar
na ótica do meu olhar,
que não busca a matéria,
mas a essência do teu sentir...
Quando sinto
o desejo no teu olhar
e o calor em tuas mãos chegar,
meu coração pulsa mais forte
Pulsa fora do lugar.
2 - FORRÓ DE BOTA
Alcymar Monteiro
(Sérgio Mattos e Zelito Miranda)
Quando se toca o baião
lá no meu sertão
todo mundo cai
no arrasta-pé.
É pé prá lá
Poeira prá cá
É pé prá cá
Poeira prá lá
Todo mundo fica de bota
Lá no terreirão
Todo mundo arrasta o pé
zabumbando o coração
Bota da cor de poeira
Bota de vaqueiro
Bota sem verniz
é bota de gente feliz.
Levanta sacode a poeira
No ritmo do sanfoneiro
Todo mundo fica de bota
Bota fogo forrozeiro
5 - POETA PECADOR
Paulinho Boca de Cantor
(Sérgio Mattos e Kareka)
Na fantasia
de um sonho
pensei que o pecado
já não existia.
Sonhei ser um pecador:
eu sou o pecado
eu fui o pecado
eu era um pecador.
Se o sonho é fantasia
se o pecado não há,
que diabo, finalmente, eu sou, Maria?
- Poeta, tu és livre
O Pecado já não mais existe.
(Respondeu Maria,
o meu sonho, a minha fantasia).
4 - 500 ANOS DE BRASIL
Adelmário Coêlho
(Sérgio Mattos, Adelmário Coêlho e João Caetano)
Foi lá em Porto Seguro
Em vinte e dois de abril
Que Pedro Álvares Cabral
O Monte Paschoal descobriu
A terra de Santa Cruz
Festeja no ano dois mil
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
Nossos jovens brasileiros
São o futuro do povo
Todos internetizados
Prá fazer um país novo
O progresso está nas mãos
Destes jovens varonis
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
No Brasil agente tem
Ouro, ferro, bronze e prata
Futebol, samba e forró
Loira, morena e mulata
A força desta união
Faz esta grande nação
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
Bahia!
Quinhentos anos de Brasil
8 - PEDRA DOS PÁSSAROS
Luí Muritiba
(Sérgio Mattos e Kareka)
Já não vejo gaivotas
nas pedras do Rio Vermelho.
Meus olhos já não descansam
com aquele vôo sereno
e com o mergulho indicador
de boa pescaria. Emigraram...
Os jornais anunciam
a morte de gaivotas
em Arembepe e na Bretanha.
Ora o titânio, ora o petróleo
Lançado nas águas do mar.
De que vale o progresso
se já não posso
contemplar as gaivotas
na Pedra dos Pássaros
de minha infância?
7 - CORPO NU
Virgílio
(Sérgio Mattos e Kareka)
Contra meu corpo nu
senti a maciez de tua tez,
a doçura dos teus beijos
e a rigidez dos teus seios.
Contra meu corpo nu
senti o calor de tua respiração
o crispar de tuas mãos
e na cadência do teu coração
lancei toda a minha força.
Rendi homenagens à tua beleza
e com toda a minha pureza.
Beijei as pétalas e aspirei
o perfume de tua flor.
Senti o mel e sorvi o néctar
de tuas entranhas
com toda a força do meu amor.
11 - ABRE A PORTA
Missinho
(Sérgio Mattos e Kareka)
Abre a porta
dona da casa
Hoje é noite de São João.
A praça está embandeirada
e a Matriz toda iluminada
Tem canjica, pé-de-moleque,
licor e aluá.
Tem pau-de-sebo
prá criançada
e milho verde não vai faltar.
Abre a porta
dona da casa
Deixe o sanfoneiro tocar.
Hoje é noite de São João
e todo mundo vai se esbaldar.
10 - É Tempo de amar
Zelito Miranda
(Sérgio Mattos, Zelito Miranda
e Rafael Júnior)
Tô bebendo uma cerveja
Tô tomando uma cachaça
Tô pagando pra beber
Tô aqui no celular
Esperando ela ligar
Que é pra gente se perder
Hoje é dia de Quinta-feira
É noite de lua cheia
E vamos dançar forró
Ela é muito gostosa
Forrozeira vaidosa
E dança cada vez mió
Eta que a casa está cheia
Eta que é noite de luar
Eta parceira que incendeia
Meia volta, volta e meia
Que é tempo de ser amar
14 - MULHER FAGUEIRA
Edil Pacheco
(Sérgio Mattos, Bira Paim e Quininho de Valente)
Toca, toca sanfoneiro
toca ao lado da fogueira
Toca, toca sanfoneiro
Que hoje eu quero essa mulher fagueira
Toca xaxado, toca baião
Toca marchinha e xote
Quero cafungar no cangote dessa mulher
Que cheira a flor de laranjeira
Vem minha morena brejeira
Alegrar o meu coração
Vamos dançar
Morena me queira
No clarão da fogueira
É muita grande a animação
Maior ainda é a sensação
De ganhar você, meu bem,
nesse São João.
13 - SORRISO DE PAULA
Edu Casanova
(Sérgio Mattos e Edu Casanova)
Um sorriso
tranqüilo
sem artificio
nem vicio.
De encanto,
de criança.
É o sorriso
que tenho na lembrança
nos momentos distantes,
na hora do abraço,
do encontro e do cansaço.
17 - ESQUENTANDO O TERREIRÃO
Quininho de Valente
(Sérgio Mattos e Edil Pacheco)
Morena o seu carinho
Ganhou meu coração
Vem amor me namorar
É bom se esbaldar
Neste quente forrozão
Vem amor me namorar
Vem a vida festejar
Nesta noite de São João.
Aonde você for
Eu também vou, amor
Contigo eu não vejo mais ninguém
Foguete clareando lá no céu
Fogueira esquentando o terreirão
Mais forte é o calor do teu olhar
É gostoso te abraçar
Minha flor, minha paixão
Tá bom menina.
Assim é que se faz
Vem cá morena
Que teu cheiro é bom demais
Tá bom menina
Assim é que se faz
Vem cá morena
Que o forró tá bom demais.
16 - AI QUE SAUDADE
Bule-Bule
(Sérgio Mattos, Kareka e Manuel Bonfim)
Ai que saudade
do tempo do candeeiro,
do namoro da praça matriz,
das brincadeiras de criança
e das morenas da vizinhança.
Poetas e seresteiros
já não cantam a madrugada,
sendo a lua testemunha
e o violão um companheiro.
Ai que saudade
Do tempo do candeeiro} bis
Ai que saudade
Do amor sem dinheiro,
do cheiro forte de terra molhada,
da paquera da rua Chile,
do “café society” e da cerveja bem gelada.
20 - PAIXÃO CUBANA
Kareka
(Sérgio Mattos e Kareka)
Estou apaixonado
Por Cuba
Conheci uma cubana
De Havana.
Depois dos “mojitos”
Da Bodeguita.
De beber daiquiri
Da Floridita,
vi uma bela cubana
numa noite de salsa
da Tropicana.
Que morena mais linda!
Cor de melaço
Reluzente.
Eu a vi dançando
Com rebolado
Convincente.
Estou apaixonado
Por Cuba
Conheci uma cubana
De Havana.
Fugiu do meu olhar
Em plena Malecón,
a avenida Beira-Mar.
Procurei de noite
Procurei de dia
De Varadero a Santiago
Subi a Sierra Maestra
E o Pico Turquino
Mas não encontrei
A bela cubana
Ela partiu meu coração,
Liberando uma forte paixão.
Estou apaixonado
Por Cuba
Conheci uma cubana
De Havana.
19 - SÃO JOÃO BAIANO
Chiquinho do Café Pilado
(Sérgio Mattos e Kareka)
Festa de São João
Não é carnaval.
Não tem samba,
frevo ou axé.
Todo mundo segue
no compasso da zabumba,
do triângulo e da sanfona
do Mané.
Amor de carnaval
é coisa do passado.
Namoro de São João
é mais esquentado.
É regado a licor,
fortificado com amendoim
e milho assado.
No São João não tem bloco
Não tem mortalha ou fantasia.
Tem quadrilha prá brincar
Tem caipira de trança
e chapéu de palha na mão.
Tem quadrilha prá brincar
com caipira de trança,
dançando forró no salão.
No São João da Bahia
tem fogueira, tem forró,
tem busca-pé,
tem chamego, dengo e xodó
e muito arrasta-pé.
3-QUANDO A POEIRA ASSENTAR
Dado Brasaville
(Sérgio Mattos e Edu Casanova)
Quando a poeira assentar
tudo será diferente:
o sol voltará a brilhar
e o amor reprimido transbordará.
– Ninguém será dono de ninguém.
A solidariedade governará
impunemente
e nada haverá para separar.
–Vamos aglutinar e perdoar.
Quero criar poemas
como quem respira
e com a naturalidade de quem ama.
Quero defender a solidariedade humana.
Quando a poeira assentar
tudo será diferente:
O sol voltará a brilhar
e o amor reprimido transbordará.
6 - FISSURA
Jeanne Lee
(Sérgio Mattos e Bira Paim)
Numa noite enluarada
Eu vi você passar
A minha boca secou
Meu coração acelerou
E eu cai perdido de paixão
Não entendia nada
Mas vi no seu olhar
Que se tratava enfim
De um anjo querubim
Aí te convidei para dançar
Eu nem quis saber
Que podia ouvir não, não, não.
Quando dei por mim
Tava em suas mãos
Foi tão bom
Nosso belo sonho de amor
Foi tão breve
Que a saudade chegou
Eu ando aperreado
Com vontade de te vê
Eu ando aperreado
Com vontade de você
9 - AMOR PERDIDO
Novinho da Paraíba
(Sérgio Mattos e Bira Paim)
Numa noite estrelada
de São João,
Com o calor
da fogueira no coração,
eu fiz um pedido
para encontrar o amor perdido,
que ano passado
deixei escapar
No meio daquele forró bonito.
Mas este ano São João
vai me ajudar
a encontrar o meu amor.
Quando isso acontecer
vou ter muito que rezar.
Vou fazer romaria
que o povo vai se admirar.
De Bonfim a Juazeiro,
de Piritiba a Coité,
de Amargosa a Petrolina
vou seguindo a concertina
no rastro dessa mulher.
12 - SENTIDOS DA DISTÂNCIA
Bira Paim
(Sérgio Mattos e Bira Paim)
A distância aumenta
minha ânsia,
meu desejo de sentir
teu cheiro doce,
de ouvir teu riso contido.
A distância aumenta a lembrança
do conforto de teu abraço,
do calor pulsante de teu corpo.
A distância aumenta a vontade
de ver o brilho de teu olhar,
de sentir o gosto de teus lábios
e a expectativa de te amar.
15 - MOÇA DANÇADEIRA
Visek
(Sérgio Mattos e Visek)
Chegou, chegou, olha só
Chegou, chegou, olha só
Chegou a moça dançadeira
Pra puxar a brincadeira e dançar forró} bis
Moça bonita dos olhos de mel
Já estou no céu, no céu da tua boca
Quero agarrar tua cintura e abrir caminho
Vou de trenzinho, ai que coisa louca.
O sanfoneiro toma mais um gole
E puxa o fole com mais animação
É São João e essa moça dançadeira
Deixa meu coração aceso como uma fogueira }bis
18 - SANHAÇO
Rony/Raney
(Sérgio Mattos e Edu Casanova)
Piu, piu, piu.
Um filhote de sanhaço
tentou solitário um vôo
em direção ao sol.
Caiu num tacho de mel.
Mel, melado, melaço.
Coitado do sanhaço,
morreu
de tanto mel que bebeu.